2.12.07

o que é arte, então?


Muitos artistas não se atrevem a desvendar o significado do enigma “arte”. Muitas vezes por não saberem exatamente o que é ou por não “viajarem” a um encontro suicida: alguns dizem que “o dia que descobrirem o quê que é arte, deixarão de fazê-la, como se arte fosse uma constante e inaposentável pesquisa de pensamentos e ações para ela mesma. Arte é sim qualquer criação, elaboração conceitual (mesmo que por trás de figurações, formatos acadêmicos ou padrões de massa), simplesmente um pensamento (não é necessário “objeto de arte” para a arte conceitual) para, de ou a alguém (aí o objeto faz-se oportuno). Lê-se ar-te, com jeito de verbo imperativo que é, ativo. Daí os diálogos visuais, as interativas, as bienais, “o espaço” de Mira ou Dechamp, a vida e arte (em uníssono) de Frida, Aleijadinho, Van Gog e Claudel, a loucura e paparazo de Dalí, e todas as verossimilhanças e propositais equívocos com o real feitas pelos mágicos do espaço, dos gregos aos maias, dos egípcios, dos romanos aos persas, dos monges aos frades, dos bizantinos aos tropicalistas, dos florentinos aos punks, dos índios aos astronautas. Todas, além de elaboradas criativa e esteticamente (mesmo que puramente conceitual) feitas para, de ou a alguém.

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