Os melhores sambas-enredos (que tomaram o lugar das antigas “marchinhas de carnaval”) são aqueles que todos também cantam em multidão (os mais populares), dando assim sentido ao verdadeiro carnaval brasileiro, que é a celebração da alegria coletiva e da extrapolação, inclusive sexual. O carnaval para nós é o devaneio com data marcada, onde a tolerância fica enorme para as exaltações de espírito, de desejos ou anseios, de gritar e não ser confundido, já que a loucura é o estado normal na festa em questão. Sambas-enredos como “Tem xim-xim e acarajé, tamborim e samba no pé...” da Mangueira, “Vira virou...” e “Xuê xuá” da Mocidade e, o mais carnavalesco dos hinos sapucaienses: “Hoje eu vou tomar um porre, não me socorre, eu tô feliz...”, traduzindo de forma literal a embriaguez do carnaval.
Na festa do samba, todas as fantasias são aceitas. Das mais singelas às mais trágicas (o humor também pode ser “negro”). Das mais descompromissadas às mais politizadas. A idéia de “colocar um melancia na cabeça” é inevitável no carnaval de rua, incluindo as Escolas de Samba, com todo brilho, plumas e cores do mundo.
A fantasia também pode ser interpretada em ações, mesmo não fantasiado com roupa, com as idéias direcionadas para fazer tudo o que não tem tempo ou coragem, ou oportunidade para fazer fora da época do carnaval. Aqui a interpretação diz “carna” (carnal) e “val” de festival: festival da (de) carne (s) com conotações sempre sexuais. Pode até rolar um churrasco (carne), mas a bebedeira e a promiscuidade levam a fama justa por tradição. Assim, a “carne” de gula, transborda para a fase oral infantil com a mesma ludicidade no adulto, levando tudo à boca, enchendo a boca para falar, beber, beijar... e “comer”, principalmente no sentido da gíria. A volta à fase lactente com “Mamãe eu quero mamar...”. O “Rei Momo” e sua corte. Ele, o glutão e gordo (fartura, culminância), e elas, belas e “gostosas” (carnudas) rainhas e princesas. Ainda sobre fantasia, é muito comum a figura do do “homem vestido de mulher”. Seja para heterossexuais que elegem o carnaval para experimentar o oposto (vestem qualquer roupa feminina, mesmo sem ficar “bela”), ou para gays que fazem questão de “arrasar o quarteirão” com uma “montagem” fabulosa. No meio de tudo isso, o aproveitamento dessas fantasias para a sexualidade (querendo ou não, um homem com roupa feminina é sempre fantástico) pode variar de forma infinita e imprevisível, “é carnaval” onde “tudo é possível”. E de novo a União da Ilha: “... e no bar da ilusão eu chego/ É pura paixão que eu bebo...”. “Tomar um porre de felicidade” e “cair no samba”.
As marchinhas embalavam as idéias dos foliões, propondo a libertinagem com trocadilhos, ambigüidades e malícia. Hoje o mesmo se faz, porém com outros “mantras” e com todo o poder da comunicação moderna. “Pin up” de mulher e cerveja, ou seja, “sexo, drogas e”... carnaval.
Na festa do samba, todas as fantasias são aceitas. Das mais singelas às mais trágicas (o humor também pode ser “negro”). Das mais descompromissadas às mais politizadas. A idéia de “colocar um melancia na cabeça” é inevitável no carnaval de rua, incluindo as Escolas de Samba, com todo brilho, plumas e cores do mundo.
A fantasia também pode ser interpretada em ações, mesmo não fantasiado com roupa, com as idéias direcionadas para fazer tudo o que não tem tempo ou coragem, ou oportunidade para fazer fora da época do carnaval. Aqui a interpretação diz “carna” (carnal) e “val” de festival: festival da (de) carne (s) com conotações sempre sexuais. Pode até rolar um churrasco (carne), mas a bebedeira e a promiscuidade levam a fama justa por tradição. Assim, a “carne” de gula, transborda para a fase oral infantil com a mesma ludicidade no adulto, levando tudo à boca, enchendo a boca para falar, beber, beijar... e “comer”, principalmente no sentido da gíria. A volta à fase lactente com “Mamãe eu quero mamar...”. O “Rei Momo” e sua corte. Ele, o glutão e gordo (fartura, culminância), e elas, belas e “gostosas” (carnudas) rainhas e princesas. Ainda sobre fantasia, é muito comum a figura do do “homem vestido de mulher”. Seja para heterossexuais que elegem o carnaval para experimentar o oposto (vestem qualquer roupa feminina, mesmo sem ficar “bela”), ou para gays que fazem questão de “arrasar o quarteirão” com uma “montagem” fabulosa. No meio de tudo isso, o aproveitamento dessas fantasias para a sexualidade (querendo ou não, um homem com roupa feminina é sempre fantástico) pode variar de forma infinita e imprevisível, “é carnaval” onde “tudo é possível”. E de novo a União da Ilha: “... e no bar da ilusão eu chego/ É pura paixão que eu bebo...”. “Tomar um porre de felicidade” e “cair no samba”.
As marchinhas embalavam as idéias dos foliões, propondo a libertinagem com trocadilhos, ambigüidades e malícia. Hoje o mesmo se faz, porém com outros “mantras” e com todo o poder da comunicação moderna. “Pin up” de mulher e cerveja, ou seja, “sexo, drogas e”... carnaval.
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